domingo, 25 de maio de 2008

Arbitros e Avaliações

Li num jornal desportivo de ontem que os arbitros de futebol pretendem entregar à Liga uma proposta para revisão do metodos de avaliação.
De forma resumida ficam aqui os 3 pontos essenciais referidos no artigo:
a) Querem que todos os jogos sejam televisionados, quer os da 1ª Liga quer os da 2ª, dizendo que dessa forma as ferramentas de avalição seriam melhores.
b) Querem que as provas fisicas passem de 15 voltas à pista para 10 voltas, conforme hábito da FIFA.
c) Querem que as provas escritas tenham menos peso nas avalições passando dos 98% de acertos necessários para 78%, com o argumento que a verdadeira avalição é feita dentro do campo.
Quanto ao ponto a) não posso estar mais de acordo. É sabido que uma imagem vale mais que mil palavras, pelo que seguramente a avaliçao seria muito melhor.
Todavia também sabemos que não é o facto de os jogos serem televisionados que faz com que os arbitros não cometam erros.
Além do mais esquecem-se os arbitros na sua proposta de mencionar a forma de cobertura dos custos de televisionamento. Serão os próprios a pagar a factura ?
No que respeita ao ponto b) acho a proposta fantástica. Temos em Portugal um critério mais exigente que lá fora, e logo em vez de ficarmos contentes queremos baixar a bitola. A titulo de curiosidade 15 voltas sao 6km ( 10 sao 4Km) o que me parece distancia normal para um arbitro correr num jogo, se tivermos em conta que os jogadores correm 9 a 11 Km.
O ponto c) é elucidativo de per si. Viva o analfabetismo! Como pode um arbitro tomar as decisões certas em campo se o criterio de avalição teórica é tão baixo. É meu entendimento que só sabendo as regras ( teoria) se podem aplicar correctamente. Se não conhecermos a matéria....
Atentem na conta seguinte.
Um jogo com 100 situações a serem julgadas.
Se o arbitro souber 98% da teoria é considerando que acerta tudo erra em 2 situações.
Se só souber 78 % o numero de erros é de 22 .
Temos portanto uma proposta para melhoria da avaliação dos arbitros que assenta no seguinte pressuposto.
Quanto pior a prestação melhor a avalição.
Explicando. Se os arbitros correrem menos, fizerem mais erros e estes forem mais vistos poderão ser melhor avaliados.
Enfim, são as instituições que temos.


Acrescenta Pacifico Espirito

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Os voos do Moscardo


Dou início à minha actividade de dactilógrafo de ideias, minhas (preferencialmente), perfilhadas ou de outrem, aqui neste Blog.

Estou irritado e um pouco farto da insistência com que os média, mas especialmente uma Senhora Deputada Europeia (portuguesa mas europeia) têm vindo a tratar do assunto – Voos da CIA – como se este assunto fosse de primordial importância para a resolução dos problemas quotidianos dos nativos do rectângulo Lusitano (nativos e habitantes em geral).

O tema é transgovernamental ( inventei e quer dizer comum a vários governos sucessivos ou não de um mesmo país) logo não me parece que seja uma embirração politica da dita senhora, a não ser que ela esteja a embirrar também com o partido dela. Bem desta senhora acho que podemos esperar qualquer coisa.

Vamos por partes.

Vou dar de barato que a CIA ou outra entidade qualquer usou aviões para transportar prisioneiros, terroristas e outros indivíduos. Se os transportaram é evidente que usaram aviões, porque o barco demora muito tempo, e ainda não foi lançado o concurso de construção da ponte Chelas – Nova York, pelo que o comboio e o carro também não são opção.
Está aceite o avião.

Todos sabemos que os aviões têm uma certa autonomia, finda a qual se estraçalham no chão ou na água causando inevitavelmente uma série de mortos, pelo que convém que aterrem em qualquer sítio, normalmente um aeroporto, para abastecer.
Fica estabelecido que os aviões têm que aterrar para abastecer.

Vejamos a questão da soberania nacional. Portugal é um estado soberano, disso ninguém tem duvidas, aliás é por causa dessa soberania que andam aí a levantar estas ondas todas.
Os USA também são um estado soberano.
As instituições dos estados soberanos são reconhecidas pelos demais estados soberanos que entre si se reconhecem.
É também ponto assente que os Estados têm mecanismos de obtenção de informação necessária à sua respectiva segurança.
Ficam estabelecidas a soberania e a segurança nacional.

De acordo com a convenção de Chicago de 1944 e que poderão consultar no site que a seguir se indica AQUI os aviões considerados como de estado podem sobrevoar espaços aéreos de países terceiros e neles aterrar sem grandes formalidades, sem e quando não prejudiquem a aviação comercial.
Fica claro o direito de aterrar.

Temos ainda que juntar uma questão particular. Portugal e os USA têm um protocolo que prevê a cedência por um e o uso por outro de uma base aérea – a das Lajes.

Ora assumindo que a CIA tem os voos, que eles passaram e aterraram em Portugal, que não existe a obrigatoriedade de declarar que “carga” vai no interior, nem quem vai, nem para onde vai, nem de onde vem.

Que pelos protocolos internacionais estes aviões fizeram escalas técnicas, permitidas e mesmo necessárias porque senão caíam.

Fico obrigado a fazer uma pergunta.

Quem me consegue explicar a relevância deste assunto ?

Cá para mim e sem insultos ao Rimsky-Korsakov, isto é mais um voo de moscardo que um voo da CIA.

Senhora Deputada, ocupe-se com coisas que verdadeiramente interessam e deixe o que não interessa em paz.
Entenda que mesmo que V.Exa. tenha razão e que a bordo estavam uns senhores que iam presos e que foram para Guantanamo e que os seus respectivos direitos não tenham sido integralmente respeitados, o melhor é não chafurdar.
Trava-se actualmente, Portugal incluído, uma guerra contra o terrorismo. Uma guerra de informação, de paciência, uma guerra por baixo dos cenários. Mas não deixa de ser uma guerra, e as guerras têm destas coisas não são bonitas, não são justas, não são leais, não são éticas. São guerras, e são sujas.

Digo-lhe com toda a franqueza. Prefiro que os direitos de uma dúzia de indivíduos tenham sido negligenciados que ter que assistir ao enterro de um amigo, ou mesmo ser eu a estrela do funeral, morto por um ataque terrorista.

Espero que não tenha que assistir a um acto destes. Mas se tiver lembre-se nesse dia que a culpa é sua por andar a mexer onde não deve e forçar, a bem de um conceito de liberdade mal medido, quem tem que fazer o trabalho sujo, para que V.Exa. possa armar-se em campeã das liberdades, a abdicar dele e a deixar os inimigos fazerem o que bem lhes aprouver com toda a liberdade.
Acrescenta Pacifico Espirito

quarta-feira, 14 de maio de 2008

"Ripa Desporto" com salários em atraso


Depois de noticias divulgadas a 23 de Dezembro de 2006, no Correio da Manhã, que davam conta de dívidas ao jornalista da TSF, João Janes, por parte da sobrinha-neta do antigo Presidente da República, Marechal Spínola, eis que Sofia de Spínola se vê novamente a braços com problemas relacionados com incumprimentos salariais.
Proprietária da empresa Visuallook, que publicava o semanário desportivo de distribuição gratuita "Ripa Desporto", Sofia de Spínola não tem solvido as suas obrigações salariais com a equipa redactorial que tomou o lugar da anterior redacção, chefiada pelo jornalista João Janes.
Ao que se sabe, o "Ripa" saiu pela última vez em Dezembro mas até ao momento os salários dos jornalistas não foram pagos.
O Clarim tentou contactar Sofia de Spínola para tentar esclarecer os factos, mas tais tentativas revelaram-se infrutíferas.
O Clarim sabe que são três os jornalistas que ainda não receberam os seus salários: José Carlos Soares, director, Victor Pinto, chefe de redacção e Ricardo Soares, jornalista.
Contactado pelo Clarim, José Carlos Soares escusou-se a comentar a situação, apenas confirmando a existência de "alguns atrasos motivados por clientes institucionais que não têm regularizadas as suas contas com a Visuallook".